Eu sou a Mídia!

Com a ampla adoção de diferentes aparatos tecnológicos pela  população em geral já podemos enxergar como serão moldadas as relações entre pessoas, consumidores e empresas em um futuro bem próximo. Para isso basta olharmos a transformação promovida por ferramentas de comunicação como e-mail, instant messenger,(Skype, MS-Messenger, etc), celulares e por último as redes sociais. Sem nos darmos conta, passamos a estar acessíveis e comunicáveis quase que 24 horas por dia.

Sob a óptica corporativa, podemos citar o impacto sobre as mídias, veículos de comunicação e anunciantes os quais estão tentando se reorganizarem em meio a um caos de transformações tão rápido que obrigam-lhes a reinventarem seus modelos de negócio sob a pena de simplesmente desaparecerem se nada for feito.  A prova recente disso é o Reality Show BBB da Rede Globo, onde estima-se que aproximadamente 25% de suas receitas são oriundas da interatividade do público através de votações e merchandising, ou seja, menos interrupção e mais conteúdo e interação.

A natureza da comunicação tradicional de um para muitos (um emissor comunica sua mensagem para uma grande audiência) está cada vez mais obsoleta, pois as pessoas não se prendem mais ao sofá da sala de estar para consumirem conteúdo e entretenimento, são games, Ipod, Youtube, sem falar na infinidade de programas de nicho encontrados em TVs a cabo disputando palmo a palmo a atenção de seu público.

Isso obriga empresas a conhecerem melhor seus consumidores e clientes, pois esta é a única chave capaz de abrir a porta do diálogo com este, sim, eu disse “diálogo”, elevando a relação para algo mais estreito e gerando valor para as partes. A Internet e as redes sociais tornaram cada indivíduo um potencial veículo de comunicação, bastando para tanto que o mesmo possua conteúdo relevante. Sim, ter o que dizer é importante ou mesmo ter realizado algo que conquiste a atenção de uma pequena parcela de pessoas ao redor do mundo pode significar milhões de pessoas acompanhando suas mensagens e pensamentos. Essa teoria é bem tratada no livro “A Cauda Longa” de Chris Anderson, onde o mesmo defende a tese de que vender um “pouco” de  “muitos”  será um modelo de negócio amplamente adotado pelas empresas em um futuro breve.

Assim sendo, sugiro que olhe para o mundo ao seu redor com olhos mais atentos e observe os sinais emitidos a cada dia pela sociedade, pois quem sabe você não estará diante de um novo e potente veículo de comunicação ao olhar-se no espelho.